[...] Se até os sete anos uma criança for deixada inocente, não corrompida pelas ideias de outros, então desviá-la de seu potencial crescimento torna-se impossível. Os primeiros sete anos da criança são os mais vulneráveis. E ela está na mão dos pais, de professores, de sacerdotes...
Como salvar as crianças dos pais, dos sacerdotes, dos professores é uma questão de tal proporção que parece quase impossível descobrir como fazer isso.
Não é uma questão de ajudar a criança. É uma questão de protegê-la. Se você tem um filho, proteja a criança de você mesmo. Proteja a criança dos outros que podem influenciá-la: pelo menos até os sete anos, proteja-a. A criança é como uma plantinha, frágil, vulnerável; um vento forte pode destruí-la, qualquer animal pode comê-la. Você pode instalar um arame de proteção em torno dela, mas isso não é uma prisão, você está simplesmente a protegendo. Quando a planta ficar maior, o arame será removido. Proteja a criança de todo tipo de influência para que ela possa permanecer ela mesma — e é só uma questão de sete anos, porque então ao primeiro ciclo estará completo. Em sete anos ela ficará bem estabelecida, centrada e suficientemente forte.
Você não sabe como uma criança de sete anos pode ser forte, porque não tem visto crianças não corrompidas, só tem visto crianças corrompidas. Elas carregam os medos, a covardia de seu pai, de sua mãe, de sua família. Elas não vivem seu eu natural.
Se uma criança permanecer não corrompida durante sete anos... você ficará surpreso ao encontrá-la. Ela será mais afiada que uma espada. Seus olhos serão mais claros, sua percepção será mais clara. E você verá nela uma enorme força, que não poderá encontrar nem mesmo em um adulto de 70 anos de idade, porque suas bases foram abaladas. Porque, na verdade, na medida em que a construção vai ficando cada vez mais alta, ela fica cada vez mais abalada. Então você vai ver que quanto mais velha fica uma pessoa, mais medrosa ela se torna. Quando ela é jovem, pode ser um ateu; quando envelhece começa a acreditar em Deus.
[...] Se você é pai ou mãe vai precisar de muita coragem — para não interferir. Abra portas de direções desconhecidas para a criança, de modo que ela possa explorar. Ela não sabe o que tem dentro de si, ninguém sabe. Ela tem de tatear no escuro.Não a orne temerosa da escuridão, não deixe que ela tenha medo do fracasso, não deixe que ela tema o desconhecido. Dê-lhe apoio. Quando ela partir em uma jornada desconhecida, deixe-a ir com todo o seu apoio, com todo o seu amor, com todas as suas bençãos.
Não deixe que ela seja afetada por seus medos. Você pode ter medos, mas guarde-os para si mesmo. Não descarregue esses medos na criança porque isso vai interferir.[...]
Osho
Osho
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