segunda-feira, 28 de março de 2016

O corpo de dor infantil


Todos os recém nascidos que vêm a este mundo já carregam um corpo de dor emocional. Em alguns casos, é um corpo de dor mais pesado, mais denso do que outros. Alguns bebés estão quase sempre muito felizes. Outros parece que carregam uma enorme dose de infelicidade dentro de si. É verdade que alguns bebés choram muito por não lhes darem amor e atenção suficientes, mas outros choram sem razão aparente, quase como se quisessem que as pessoas à sua volta se sintam tão infelizes como eles - e, muitas vezes, conseguem-no. Vieram a este mundo com um pesado fardo de dor humana. Outros bebés podem chorar com frequência porque conseguem sentir a emanação das emoções negativas do pai e da mãe, o que lhes causa dor e faz com que o seu corpo de dor cresça, absorvendo a energia dos corpos de dor dos pais. Qualquer que seja o caso, à medida que o corpo físico do bebé cresce, também o seu corpo de dor cresce. 

Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 121)

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por encontrar um terreno fértil."-
Júlio Verne


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"Acredito que o maior presente que alguém me pode dar é ver-me, ouvir-me, compreender-me e tocar-me. O maior presente que eu posso dar é ver, ouvir, entender e tocar o outro. Quando isso acontece, sinto que fizemos contato" — Virginia Satir

"A mente inocente é aquela que não pode ser ferida. Uma mente sem marcas de ferimentos recebidos — eis a verdadeira inocência; temos cicatrizes no cérebro e, com elas, queremos descobrir um estado mental sem ferimento algum. A mente inocente não pode ferir-se (isto é, sofrer ofensa), porque nunca transporta um ferimento de dia para dia. Não há, pois, nem perdão, nem lembrança.[...] A mente em conflito não tem nenhuma possibilidade de compreender a Verdade" — Krishnamurti