segunda-feira, 14 de março de 2016

A adulteração em famílias de religiosos


60% dos terroristas alemães dos últimos anos vinham de famílias de religiosos. O caráter trágico dessa situação reside no fato de que os pais sem dúvida tinham as melhores intenções para com seus filhos. Eles realmente queriam que, desde o início, seus filhos fossem bons, compreensivos, honestos, amáveis, humildes, pensassem nos outros, não fossem egoístas, fossem contidos, gratos, não fossem teimosos, obstinados ou pertinazes e, acima de tudo, que fossem religiosos. Queriam inculcar por todos os meios esses valores em seus filhos, e quando não era possível fazê-lo de outra forma, também tinham de empregar a violência para o alcance dessas boas metas da educação. Se essas crianças se tornaram violentas quando atingiram a adolescência, então manifestaram ao mesmo tempo o lado não vivido de sua infância, bem como o lado não vivido dos pais, reprimido e somente conhecido pelo próprio filho.
Alice Miller em, No princípio era a educação, pág. 78


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por encontrar um terreno fértil."-
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"Acredito que o maior presente que alguém me pode dar é ver-me, ouvir-me, compreender-me e tocar-me. O maior presente que eu posso dar é ver, ouvir, entender e tocar o outro. Quando isso acontece, sinto que fizemos contato" — Virginia Satir

"A mente inocente é aquela que não pode ser ferida. Uma mente sem marcas de ferimentos recebidos — eis a verdadeira inocência; temos cicatrizes no cérebro e, com elas, queremos descobrir um estado mental sem ferimento algum. A mente inocente não pode ferir-se (isto é, sofrer ofensa), porque nunca transporta um ferimento de dia para dia. Não há, pois, nem perdão, nem lembrança.[...] A mente em conflito não tem nenhuma possibilidade de compreender a Verdade" — Krishnamurti