Certo dia, na estrada que leva até o mar, caminhando sob as palmeiras e as árvores pesadas pela chuva, olhando para milhares de coisas, um grupo de crianças entoava cânticos. Elas pareciam tão felizes, inocentes e absolutamente alheias ao mundo. Uma delas nos reconheceu, aproximou-se sorrindo e caminhamos de mãos dadas por alguns instantes. Caminhamos em silencio e, ao chegarmos perto da casa, ela fez uma saudação e desapareceu dentro da casa. O mundo e a família irão destruí-la e ela também terá filhos, chorara por eles e, por intermédio da astúcia do mundo, eles também serão destruídos. Mas, naquele fim de tarde, ela estava feliz e cheia de vida ao compartilhar um caminhar juntos de mãos dadas.
Krishnamurti em, Apontamentos de Krishnamurti
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