domingo, 3 de julho de 2016

O processo


O processo de retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa tem o seu início quando o indivíduo se sente farto de representar papéis sociais que não condizem com a realidade de sua Consciência. 

O processo se intensifica quando, em reação aos ditames desta Consciência, se vê assolado pelo bombardeio de imagens, memórias e monólogos mentais, que o infernizam numa atmosfera de culpa, desespero e auto-repugnância.

Este é um momento muito solitário pois o indivíduo "iniciante" ressente-se da mediocridade do meio em que se vê inserido, sendo que este se mostra absolutamente impossibilitado de compartilhar de seu atual estado de percepção.

É inevitável que, com este novo e ainda imaturo estado de percepção, o iniciante traga consigo um olhar ácido, rancoroso e sedento de retalhação, ainda que, na grande maioria dos casos, devido a profunda dependência emocional do meio (e por vezes física), não o sustente externá-las. 

De fato,  não é fácil estar-se vivo num ambiente onde, espiritualmente, a maioria se apresente num estado de morto-vivo. 

Somente quando o iniciante se percebe, não de modo intelectual, mas sim em suas mais profundas entranhas, a realidade de suas próprias circunstâncias, totalmente distanciadas da realidade do amor é que aceita "embarcar" em direção à mares conscienciais, nunca sequer imaginados de serem um dia navegados. 

Outsider 

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"É porque se espalha o grão que a semente acaba
por encontrar um terreno fértil."-
Júlio Verne


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"Acredito que o maior presente que alguém me pode dar é ver-me, ouvir-me, compreender-me e tocar-me. O maior presente que eu posso dar é ver, ouvir, entender e tocar o outro. Quando isso acontece, sinto que fizemos contato" — Virginia Satir

"A mente inocente é aquela que não pode ser ferida. Uma mente sem marcas de ferimentos recebidos — eis a verdadeira inocência; temos cicatrizes no cérebro e, com elas, queremos descobrir um estado mental sem ferimento algum. A mente inocente não pode ferir-se (isto é, sofrer ofensa), porque nunca transporta um ferimento de dia para dia. Não há, pois, nem perdão, nem lembrança.[...] A mente em conflito não tem nenhuma possibilidade de compreender a Verdade" — Krishnamurti